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Leia entrevista com João Emanuel carneiro, autor de Mania de Você

Autor João Emanuel Carbeiro o mesmo de Avenida Brasil (Globo/Lucas Teixeira)

O autor João Emanuel Carneiro, o mesmo autor de novelas como os sucessos Cor do Pecado, Cobras e Lagartos, Avenida Brasil e Todas Flores e também de fracassos como A Regra do Jogo e Segundo Sol, volta ao ar na faixa nobre da Globo com Mania de Você. "Resumidamente, essa é uma trama sobre duas mulheres que, ora são amigas, ora se tornam inimigas. Viola (Gabz) e Luma (Agatha Moreira) nascem no mesmo dia, e, em determinado momento da vida, têm seus destinos cruzados", conta o novelista que começou na Globo colaborando com a minissérie A Muralha em 2000.

Entre os protagonistas o autor define: "Dois são heróis clássicos: a Viola (Gabz) e o Rudá (Nicolas Prattes). E dois são anti-heróis nada clássicos e cativantes: a Luma (Agatha Moreira) e o Mavi (Chay Suede)". No entorno desse quarteto, algumas figuras prometem marcar a trama: um vilão da pior qualidade, o Molina, pai da Luma, interpretado pelo Rodrigo Lombardi, e sua secretária e amante, a Mércia, mãe do Mavi, vivida pela Adriana Esteves. Aparentemente submissa, ela guarda muitos segredos. "Teremos alguns vilões marcantes nesta história. Uns que o público já vai reconhecer logo no início, outros que vão se revelar ao longo dos capítulos".

O uso do recurso "Quem matou?", tão batido nos anos 1990, vai entrar em cena nos capítulos iniciais, no capítulo 13, e se prolongar ao longo da trama no ar. Um salto de 10 anos será dado na novela: "Viola e Luma vão se afastar e, dez anos depois, quem será a chef de cozinha famosa será Viola, e Luma vai ter perdido tudo o que tinha. É como se Viola passasse a viver a vida que estava destinada a Luma. Elas vão se reaproximar quando Luma pedir uma chance a Viola, justamente como assistente de seu restaurante. Vai ser simetricamente o oposto ao passado, dez anos antes."

LEIA ENTREVISTA COMPLETA CEDIDA PELA TV GLOBO

Como você define a trama de ‘Mania de Você’?
JEC: Resumidamente, essa é uma trama sobre duas mulheres que, ora são amigas, ora se tornam inimigas. Viola (Gabz) e Luma (Agatha Moreira) nascem no mesmo dia, e, em determinado momento da vida, têm seus destinos cruzados. E esse encontro faz com que a história delas e de seus namorados, Mavi (Chay Suede) e Rudá (Nicolas Prattes), tenha grande impacto. Tudo começa com uma amizade, mas a trama vai ganhando outros rumos. Encontros da vida que se tornam ‘mania’, obsessão, vão levando esse quarteto e personagens que estão em torno deles para situações inesperadas. É uma história sobre temas universais, como amor e poder.

Suas novelas são conhecidas por personagens marcantes, que cativam o público. Flora e Carminha, por exemplo, são ícones da dramaturgia brasileira. Pode falar mais sobre a personalidade dos personagens de ‘Mania de Você’?
JEC: Teremos mais uma vez personagens fortes, misteriosos e apaixonantes. E, como traço das minhas obras, são personalidades que oscilam entre o bem e o mal, então, o público pode esperar muitas surpresas. No núcleo protagonista, dois são heróis clássicos: a Viola (Gabz) e o Rudá (Nicolas Prattes). E dois são anti-heróis nada clássicos e cativantes: a Luma (Agatha Moreira) e o Mavi (Chay Suede). Acho que a Viola é uma mulher com muita coragem. Ela é a mulher que vai se empoderar, que vai empreender, vai se tornar grande chef de cozinha. O Rudá tem valores ligados à preservação da natureza e é um herói romântico, que fica dividido entre essas duas mulheres, Viola e Luma, e vai passar parte da trama tentando provar sua inocência, será um dos acusados da morte de Molina (Rodrigo Lombardi). A Luma, por sua vez, é uma mulher carismática, porém, mimada, com defeitos, que, depois de sofrer um revés da vida, vai voltar vingadora. O Mavi é um cara que não se realizou emocionalmente, foi rejeitado pelo pai, tem uma relação meio doentia com a mãe e, acima de tudo, sede de poder. De certa maneira, os quatro podem angariar nossos votos, nossa simpatia, por razões diferentes. Vai ser uma torcida muito dividida entre esses quatro. No entorno desse quarteto, algumas figuras prometem marcar a trama: um vilão da pior qualidade, o Molina, pai da Luma, interpretado pelo Rodrigo Lombardi, e sua secretária e amante, a Mércia, mãe do Mavi, vivida pela Adriana Esteves. Aparentemente submissa, ela guarda muitos segredos. Temos também um núcleo mais cômico, que envolve as personagens da Eliane Giardini, da Mariana Ximenes e da Thalita Carauta, entre outros, o que acrescenta pitadas de humor à trama. 

Suas novelas são marcadas por reviravoltas. Podemos esperar muitas de Mania de Você? Quais serão os momentos de virada iniciais da trama?
JEC: Como as próprias chamadas promocionais da novela dizem, em Mania de Você, o jogo vira o tempo todo. A grande virada é que dá o tom da trama: quando Viola (Gabz) conhece Luma (Agatha Moreira), esta é uma burguesa, aspirante a chef de cozinha, que ensina a Viola os princípios da gastronomia. E Viola é uma espécie de assistente de Luma. O mundo vai virar a partir do momento em que elas disputarem o mesmo homem, que é o Rudá (Nicolas Prattes). Isso, combinado com o assassinato do Molina (Rodrigo Lombardi), em que praticamente todos os protagonistas são suspeitos, será o primeiro ponto de virada da trama, previsto para o décimo terceiro capítulo. Viola e Luma vão se afastar e, dez anos depois, quem será a chef de cozinha famosa será Viola, e Luma vai ter perdido tudo o que tinha. É como se Viola passasse a viver a vida que estava destinada a Luma. Elas vão se reaproximar quando Luma pedir uma chance a Viola, justamente como assistente de seu restaurante. Vai ser simetricamente o oposto ao passado, dez anos antes.

Outra característica de suas obras são os vilões que “amamos odiar”. O que esperar em termos de vilania em ‘Mania de Você’?
JEC: Teremos alguns vilões marcantes nesta história. Uns que o público já vai reconhecer logo no início, outros que vão se revelar ao longo dos capítulos. De cara, temos um vilão da pior qualidade, o Molina, pai da Luma, interpretado pelo Rodrigo Lombardi. Sua secretária e amante, a Mércia, mãe do Mavi, vivida pela Adriana Esteves, aparentemente submissa, guarda muitos segredos e vai dando sinais de caráter duvidoso aos poucos. E temos o Mavi. De certa maneira, ele faz coisas atrozes, mas diz fazer tudo por amor. É o primeiro vilão que eu faço assim, estou achando interessante criar esse vilão apaixonado. Em certa medida, outros núcleos contam com personagens com maior ou menor grau de vilania. A Ísis, da Mariana Ximenes, é um exemplo de uma vilã mais cômica. 

A fronteira tênue entre o bem e o mal é outra marca de suas tramas. O que você destaca nesse sentido em ‘Mania de Você’?
JEC: Como muitas novelas minhas, essa novela é sobre quem está falando a verdade. Temos um jogo da manipulação da realidade nas tramas dos personagens Molina (Rodrigo Lombardi) e Mavi (Chay Suede). Na primeira e na segunda fase da novela, respectivamente, eles controlam a empresa de cibersegurança e jogam o tempo com as informações que dispõem de acordo com seus interesses. Até que ponto podemos acreditar nas coisas que vemos e ouvimos? As peças da trama vão se movendo mesmo, e você vai descobrindo outros ângulos. É nessa zona cinza que operam os personagens de ‘Mania de Você’. 

Quais os diferenciais em termos de produção você destaca na novela?
JEC: Essa é uma novela com muitas possibilidades, e ela tem um frescor como diferencial quando se trata de locações e eixos temáticos. A região de Angra dos Reis é pouco explorada como território principal de histórias de novelas recentes. Além das paisagens exuberantes, tem todo o universo do resort, onde se passa grande parte da trama, com seus diversos ambientes e o restaurante da Viola, personagem da Gabz. A trama tem mistério, mas se passa num contexto mais solar, tem uma aura de verão e elegância. Ao mesmo tempo, a gastronomia é um destaque, um pano de fundo importante da história, com muitas cenas de 
cozinha e mesa posta.

Algumas tramas também se desenrolam em Portugal. O que levou à escolha desse país?
JEC: Eu acho muito impressionante o movimento de brasileiros indo morar em Portugal. São milhares nos últimos anos que foram para Portugal. Nesse quesito, a história da novela aborda a promessa de um futuro, o sonho. Tratamos muito sobre sonhos, projetos de vida dos personagens, como mudar a própria vida. O Rudá (Nicolas Prattes) acaba indo pra lá por uma armação do Mavi (Chay Suede) para tirar ele do Brasil assim que se torna um dos suspeitos da morte do Molina (Rodrigo Lombardi). Passa dez anos lá, arruma uma namorada, de certa forma, refaz sua vida, até descobrir novamente notícias da Viola e não resistir voltar para perto dela. E outros personagens, como Michele (Alanis Guillen), e o marido Cristiano (Bruno Montaleone), deixam o Albacoa para tentar uma vida melhor no Exterior, e vão passar por maus bocados lá.  

A gastronomia vai ser um tema bem trabalhado nas tramas, a partir das personagens Luma (Agatha Moreira) e Viola (Gabz). Por que esse tema como pano de fundo?
JEC: Eu sou uma pessoa muito ligada em comida, vou muito a restaurantes. A comida é uma coisa que me fascina. E acho que é uma experiência muito visual também. É visual para uma novela abordar esse universo. Foi pouco abordado, inclusive. A gastronomia fala muito da alma das pessoas. Quando você come a comida de alguém, você está entendendo aquela pessoa. Lembrei aqui de um livro do Brillat Savarin, um grande especialista em gastronomia no mundo, “A Fisiologia do Gosto”, em que ele fala que a comida é a alma das pessoas. Eu trouxe algumas referências de lugares e estilos que gosto para a trama, como essa coisa da Viola de misturar peixe com carne. 

Por fim, como está sendo a parceria com Carlos Araujo, que vem de ‘Todas as Flores’?
JEC: Esse foi um “casamento” muito tranquilo na minha vida, porque o Carlinhos é um cara que faz a experiência do set ser uma coisa feliz e organizada. É um parceiro de trabalho incrível, com quem eu posso contar sempre que precisar.

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